Problemas com mastite na produção? Confira algumas dicas que podem te ajudar a lidar com esta vilã da pecuária leiteira!
Combater a mastite é uma preocupação comum a todo produtor leiteiro, pois é a fonte principal de prejuízos na pecuária leiteira. Uma coisa é certa: toda rebanho leiteiro teve, tem e terá mastite. O segredo é reduzir os casos e os impactos econômicos que ela traz.
Para controlar e até mesmo evitar o surgimento de mastite, tanto na forma clínica como na forma subclínica, é fundamental que o produtor e a equipe de ordenha estejam sempre atentos a determinados fatores como o manejo, higiene, tratamento adequado, entre outros. Pensando nisso, preparamos três dicas que vão te ajudar a lidar com a mastite na sua produção. Confere só:
Dica 1: O manejo na hora da ordenha
É fundamental atentar para alguns cuidados no manejo, entre eles os cuidados pré-ordenha, como o pré-dipping, que deve ser realizado com produtos eficientes e de qualidade reconhecida. Clique aqui e conheça a linha de produtos pré-dipping Kersia, desenvolvida para garantir uma pré-ordenha com desinfecção e máxima limpeza mesmo em propriedades com alto desafio de sujidade.
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Cuidados que prezam pelo bem-estar na sala de espera e ordenha também são fundamentais. A estimulação dos tetos, como a massagem no momento do teste da caneca e com as toalhas de tecido umedecidas, é grande aliada na secreção de ocitocina. Assim, o leite é liberado com maior fluxo e continuamente, exigindo menor tempo de ordenha.
O tempo máximo para colocar as teteiras também é importante, entre 60 e 90 segundos após o primeiro toque nos tetos. Uma vaca bem estimulada, ordenhada no tempo certo com equipamento bem regulado tem menor chance de apresentar sub e sobre ordenha.
Após a ordenha, o pós-dipping é outro ponto fundamental na prevenção da mastite. A aplicação adequada e utilização de produtos de alta qualidade são imprescindíveis.
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Por fim, não esqueça de manter as vacas em um local limpo e seco após a ordenha, com alimentação suficiente para estimular os animais recém ordenhados a permanecerem em pé até o fechamento completo do canal do teto e maior ação dos produtos de pós-dipping, evitando assim o risco de contaminação. O ideal é que as vacas permaneçam em pé nesse ambiente entre 1 hora e meia e 2 horas.
Dica 2: O gerenciamento da mastite no seu rebanho
Para enfrentar a mastite, é fundamental estar munido de informação. Além de saber como prevenir, o produtor também deve estar por dentro dos dados de mastite no seu rebanho. Essas informações são de grande importância para se ter uma dimensão do tamanho do problema na propriedade.
E é muito simples fazer: após diagnosticado um caso de mastite clínica, o produtor deve anotar as informações sobre o caso, como:
Qual vaca apresentou a mastite clínica;
Data do registro da mastite;
Quarto afetado;
Informações sobre o tratamento utilizado.
Desta forma, a propriedade pode criar uma rotina para lidar com os casos que poderão surgir no futuro. Ainda há a possibilidade de identificação do patógeno e antibiograma para potencializar o programa de controle de mastite.
Catalogar os casos de mastite subclínica também fazem parte do ajuste fino no controle de mastite. Isso porque a mastite subclínica é a versão silenciosa e responsável pela maior parte dos prejuízos, reduzindo a produção de leite e aumentando a CCS do leite no tanque. Deve-se investigar os casos crônicos e as vacas que frequentemente apresentam esse quadro, se possível identificando os agentes infecciosos.
Dica 3: O tratamento dos casos de mastite
A recomendação geral é para tratamento imediato em todos os casos de mastite clínica, pois traz prejuízos que superam o custo do tratamento. Deve-se administrar antibiótico específico para o agente e, em casos mais graves, contar com suporte de um anti-inflamatório.
O período de tratamento normalmente dura de 3 a 5 dias, dependendo do medicamento. Recomenda-se tratar sempre por 24h além do desaparecimento dos sinais clínicos, para que haja a cura microbiológica.
Quanto a mastite subclínica, recomenda-se tratamento durante a lactação apenas em casos específicos, como por exemplo casos de prevalência elevada de infecções por Streptococcus agalactiae. Demais casos, são baixas as taxas de cura e altos os custos do descarte do leite, supera os benefícios na maioria das vezes.
Por isso a decisão sobre qual tratamento e quando realizar deve se analisar caso a caso, seus custos e benefícios. Para isso, precisamos do histórico de infecções, dados da atual infecção (agente infeccioso, nº de quartos, clínico ou subclínico) e dados referentes à vaca (idade, estágio da lactação, CCS antes do tratamento, número de parição, etc).
O uso do selante no momento da secagem pode contribuir muito para reduzir os casos de mastite, principalmente a versão subclínica da doença. As taxas de cura da mastite subclínica nesse estágio são muito altas, entre 70% e 90%. Para tanto, o tratamento é simples. Se for utilizar antibiótico, após a aplicação é importante massagear os tetos para que o ele se espalhe internamente. Então, aplica-se o selante, sem massagear. Uma barreira física será formada, selando realmente o orifício do teto, o que impede a contaminação ambiental.
Não se esqueça de realizar o correto pré e pós-dipping mesmo no momento da secagem!
Outras estratégias para tratamento de casos clínicos e/ou subclínicos podem ser consideradas: terapia simultânea (quartos clínicos e subclínicos), terapia combinada (intramamário e via sistêmico), terapia estendida (mais dias) ou uso combinado de tratamento intramamário e vacinação. Ainda que aumente os custos, podem ser viáveis quando há alta prevalência de infecções crônicas ou em casos de maior desafio.