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Manejo de vacas leiteiras no pré-parto

Com o passar dos anos, a evolução do sistema de produção de bovinos leiteiros traz consigo cada vez mais desafios, e nos deparamos com o velho ditado: ou fazemos o correto ou o prejuízo será iminente.

No setor leiteiro, com os diversos desafios já presenciados ano após ano, devemos atentar-se ao velho e básico “feijão com arroz” da propriedade, que consiste em fazer o necessário para prevenir enfermidades, obtendo assim resultados produtivos mais eficientes no ciclo, alcançando sempre os melhores resultados zootécnicos e os maiores lucros que o produtor poderá ter.

Animais que finalizam a lactação para se prepararem para a lactação subsequente devem ser meticulosamente cuidados, sendo que é nesse momento que está o período de maior impacto zootécnico e financeiro na produção futura, ou seja, se fizer um péssimo pré-parto, é grande a probabilidade de ter uma lactação futura com muitos problemas, baixo pico de produção e consequente baixo ganho financeiro. Fazendo um pré-parto adequado, verás que a probabilidade de ocorrer problemas irá diminuir e no momento em que o animal chegar no pico de lactação, você conseguirá explorar toda sua capacidade genética e nutricional, alcançando os melhores ganhos financeiros na propriedade.

Monitorar animais nesse período conhecido como período de transição, que compreende as 3 semanas pré-parto e as 3 primeiras semanas pós-parto (essas abordaremos em outro conteúdo), faz com que tenhamos sempre um pé à frente para tomar alguma atitude ou realizar algum manejo, evitando assim prejuízos e aborrecimentos futuros ao produtor.

São alguns tipos de monitoramento no período pré-parto:

*Conforto térmico dos animais;

*Qualidade de comida e água;

*Dieta ideal para fase em que estão, ex.: dieta acidogênica (ou aniônica, como é chamada);

*Certificar-se que estão consumindo a quantidade necessária de concentrado/volumoso indicado por um nutricionista;

*Secar animais com escore de peso adequado, caso não conseguir, monitorar no pós-parto imediato, jamais trabalhar com emagrecimento de animais no lote pré-parto;

*Implementar dia semanal para monitorar pH urinário de todos os animais no pré-parto; manejo simples e facilmente desempenhado por qualquer pessoa que trabalha em uma granja leiteira.

Monitoramento do pH urinário no pré-parto

Em muitas fazendas notamos que acabam fazendo teste de pH de urina nos animais a cada 30 ou mais dias. Vejo que nesse período de tempo muita coisa pode acontecer, e como estamos falando de um curto espaço de tempo que o animal estará em pré-parto, podemos perder a chance de melhorar algum ponto que um resultado de pH iria nos dizer facilmente.

Valores para referência no peagâmetro/fita – teste pH urinário: entre 5.5 e 6.0, sendo que 80% ou mais dos animais devem estar nessa média. Qualquer valor acima de 6.0, deve ser imediatamente corrigido, de acordo com as orientações do seu médico veterinário.

Muitos produtores e experimentos têm relatado que mesmo fazendo dieta pré-parto (acidogênica), as vacas têm tido hipocalcemia, seja clínica ou não (podendo apresentar baixo pico de produção, retenção de placenta, mastite, cetose, deslocamento de abomaso, entre outras enfermidades no pós-parto). Como muitos artigos técnicos e científicos têm relatado, a dieta pré-parto é um combo de ajustes e somente a dedicação para dar o sal mineral que esteja dentro do indicado para a fase ou uma simples conferência do pH urinário nos animais não seria o bastante.

Pensando em maximizar resultados, a Kersia trouxe ao Brasil os primeiros bolus nutracêuticos intrarruminais. Entre eles, destacamos o Boliflash Calcium, que tem como objetivo ajudar a prevenir a hipocalcemia, evitando perdas de produção e explorando seu máximo potencial genético, além de evitar as enfermidades comumente vistas no pós-parto relacionadas à hipocalcemia. Os bolus também podem ser utilizados nas intervenções quando já na forma clínica, como coadjuvante no tratamento endovenoso para estabilizar o mais rápido possível a normocalcemia (quantidade normal de cálcio circulante no corpo do animal).

Boliflash Calcium: cada dose contém 2 comprimidos à base de cálcio (carbonato de cálcio+formiato de cálcio+citrato de cálcio) magnésio, 1 efervescente com liberação extremamente rápida (até 20 min) e outro de liberação lenta (até 2h). É indicado para a prevenção de hipocalcemia em animais no pós-parto, administrado de forma oral, dividido em duas doses, 1 dose logo após o término do parto, e a segunda dose 12h após o parto. Contraindicação é não administrar em animais que estejam deitados. Bolus Kersia são 100% nutricionais e não há descarte de leite.

Lembrando que a tecnologia Boliflash Calcium não exime o produtor de deixar de fazer o manejo correto no pré-parto/pós-parto. É uma ferramenta de suplementação utilizada para aplicar no momento necessário, agindo de forma pontual e temporária.

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