A saúde do fígado tem especial importância para as vacas leiteiras. Vem descobrir o porquê com a gente!
Saúde do fígado? Preciso me preocupar com a saúde dele também? A resposta é sim, amigo produtor! Esse não é um órgão qualquer dentro do corpo da vaca. Pelo contrário, há quem diga que o fígado é o coração da vaca leiteira!
Fígado bovino: um motor metabólico
O fígado bovino está posicionado de forma estratégica no organismo do animal para receber e distribuir os nutrientes, sendo o responsável por metabolizar a maioria deles. Os nutrientes absorvidos no trato digestivo só estarão realmente disponíveis para os processos fisiológicos após a atuação do fígado.
O fígado é um órgão reconhecido com importante papel no metabolismo de glicose, lipídios e proteínas; na cetogênese; na função imune; no ciclo da ureia; nos metabolismos de hormônios esteroides, vitaminas e minerais; e em vários outros processos.
Podemos pensar no fígado também como um motor. A maior parte do “combustível” dos alimentos e das reservas lipídicas do corpo precisam passar pelo fígado que, como um motor, processa e envia essa “energia” para todo o corpo. Por isso precisamos oferecer as melhores condições para que esse órgão trabalhe com potência total, otimizando ao máximo seu metabolismo.
Período de transição: grande desafio para o fígado das vacas
Todo esse protagonismo metabólico do fígado ganha ainda mais destaque em vacas no período de transição. Estudos têm mostrado que a saúde delas é otimizada com melhor suporte para as funções hepáticas e os fatores que potencializam sua capacidade metabólica e de coordenar das mudanças de oferta de nutrientes e as demandas dos outros tecidos.
Ou seja, muitos distúrbios frequentes em vacas de transição estão relacionados com a função hepática debilitada. E um distúrbio normalmente favorece o aparecimento de outro.
Você sabe o que é o período de transição e seus desafios? Descubra agora:
É responsabilidade do fígado metabolizar os substratos do processo digestivo para gerar energia. Lactato, aminoácidos e, principalmente, o propionato são ativamente utilizados na produção de glicose.
Durante o período de transição a vaca come menos e precisa utilizar muito de suas reservas de energia, a gordura acumulada no corpo. Mas para utilizar essa energia o fígado é peça-chave, pois é ele quem transforma a energia bruta (gordura) em energia utilizável pelos tecidos (glicose). E não adianta pensar que vacas bem gordas estarão melhor prevenidas, pois vacas gordas comem menos ainda, deixando de ingerir proteínas, vitaminas e minerais essenciais para ela e para o feto no final da gestação. Nessas vacas o fígado é mais exigido ainda!
Toda essa entrada de gordura no fígado é um grande desafio. Quanto mais gordura entrar e quanto menor capacidade ele tem para se livrar dos triglicérides, maior é o acúmulo de gordura nos tecidos hepáticos. E o fígado de ruminantes naturalmente tem baixa capacidade de exportar gordura.
Por isso é importante oferecer as ferramentas necessárias para que o tecido hepático possa se “desintoxicar”, reduzindo os riscos de distúrbios como cetose e fígado gorduroso (esteatose hepática), ou outros relacionados, como febre do leite, metrite e retenção de placenta, por exemplo. O fígado gorduroso costuma ser o primeiro a acontecer, normalmente desde o pré-parto, o que dificulta o metabolismo hepático e favorece o surgimento de quadros de cetose.
Considerando todos os impactos, cada caso clínico de cetose retira do bolso do produtor aproximadamente R$ 900 reais. Sem contar os casos subclínicos, que apesar de terem menor prejuízo por caso, acontecem em maior porcentagem no rebanho, e somando-se todos os casos há uma perda maior do que os casos clínicos.
Saúde do fígado: prevenir sempre é melhor do que remediar
E então? O que fazer para ajudar o fígado a sobreviver nesse temporal de desafios durante o período de transição?
Existem algumas estratégias para evitar que ocorra acúmulo de gordura no fígado e os demais distúrbios consequentes disto. Mas é importante que se tome medidas antes do parto. Após o parto é difícil reverter o quadro.
Os cuidados com a dieta são essenciais. Evitar depressões severas no consumo de alimentos é outro ponto importante. Aumentar a densidade energética é possível para contornar os efeitos da depressão, mas precisa-se ter cuidado para não exagerar, pois altos níveis de energia podem ter efeitos diabetogênicos, dificultando a ação da insulina, por exemplo. É preciso buscar o equilíbrio.
O perfil dos ácidos graxos na dieta também é um ponto a se considerar. A utilização de ácidos graxos saturados, como o esteárico, inibe a ativação de enzimas importantes para a síntese de glicose no fígado. Em compensação, os ácidos graxos polinsaturados de cadeia longa, como o linoleico, pode estimular a produção de glicose de modo mais harmônico.
Maior aporte de precursores da glicose, como propilenoglicol, pode reduzir a quantidade de gordura no fígado, e a utilização de aditivos que busquem melhorar o metabolismo no rúmen em favor da produção de propionato, como ionóforos, podem favorecer a síntese de glicose no fígado.
Uma medida que tem se comprovado em estudos é a suplementação com colina protegida. A colina é grande aliada do fígado pois reduz a infiltração de gordura no tecido hepático e alivia o seu acúmulo, auxiliando na exportação do VLDL (um colesterol) do fígado. A suplementação de metionina também tem influência, pois trata-se de um aminoácido necessário para a sintetização de colina pelo próprio organismo.
A metionina também age na redução dos níveis plasmáticos de cetonas no início da lactação. Mas durante o período de transição, principalmente no início da lactação, a metionina é altamente demandada na produção de colostro e de leite. Outro fator já observado é o aumento na produção de proteína e gordura no leite. A suplementação de colina e metionina, portanto, tem-se demonstrado essencial!
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O Bolus Physiologic é focado no suporte ao fígado no período de pré-parto. Rico em colina e metionina protegidas, ele potencializa as funções do fígado deixando-o preparado para o período de parto e lactação. Com isso, os riscos de esteatose hepática e cetose são reduzidas.
Continuando o suporte dado pelo Bolus Physiologic, Bolus Rumen atua em duas frentes: (1) continuar fornecendo ao fígado protetores hepáticos e auxiliando a prevenção de cetose com colina, metionina, betaína e niacina; e (2) auxiliar no equilíbrio ruminal e reduzir incidência de acidose, contando com o suporte de outros elementos nutricionais como bicarbonato de sódio e leveduras. B. Physiologic e B. Rumen ainda auxiliam na retomada de apetite por parte das vacas.
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